Fonte: Departamento de Comunicação da ACS
Uma demanda da comunidade marítima e portuária de Santos, encabeçado pela Associação Comercial de Santos, será atendido pela Santos Port Authority (SPA) a partir de fevereiro próximo, quando entrará em vigor a nova tarifa do complexo portuário santista, recentemente publicada.
As crescentes preocupações mundiais voltadas a sustentabilidade também fazem eco no transporte marítimo, razão pela qual a Organização Marítima Internacional (IMO) vem impondo medidas que determinam a progressiva redução da emissão de gases poluentes decorrente da queima de combustíveis por navios.
Neste contexto, a Associação Comercial de Santos, mediante demandas da sua Câmara Setorial de Navegação, vinha questionando junto a Santos Port Authority (SPA), desde fins de 2020, a adoção de medidas de incentivo a escalas, no Porto de Santos, dos chamados ”green ships”, isto é, embarcações que já atendem as disposições da IMO acima referidas.
Assim, após a Santos Port Authority ter adotado, meses atrás uma agenda de sustentabilidade no maior porto da América Latina e ter aderido a Rede Brasil do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) voltada a compromissos envolvendo aspectos ambientais, sociais e de governança, com grande satisfação tomamos conhecimento de que a partir de fevereiro próximo a SPA deverá oferecer o incentivo pleiteado, isto é uma redução das tarifas portuárias para os “navios verdes”, contribuindo assim para estimular a descarbonização do nosso ambiente.
De acordo com o coordenador da Câmara de Navegação e gerente da associada MSC - Mediterranean Shipping do Brasil, Vanderlei Lopes, os integrantes da referida Câmara reivindicaram à SPA a redução de tarifa para as embarcações sustentáveis, tomando como exemplo algumas iniciativas de portos internacionais, assim como do porto do Pecém, no Ceará, que, há tempos, oferece desconto sobre a tarifa de utilização das instalações de atracação para navios verdes. Com esse incentivo, alinhada a um programa global conhecido como “portos verdes”, identificamos melhoria na visibilidade como um porto sustentável, uma melhor relação porto-cidade e o aprimoramento do Índice de Desempenho Ambiental (IDA) da ANTAQ, sobretudo nos indicadores “Internalização dos custos ambientais no orçamento” e “poluentes atmosféricos (gases e particulados)”, explicou o coordenador.
Para o diretor de Relações Institucionais da associada Grupo Maersk e integrante da citada Câmara, Mark Juzwiak, a implantação da medida no Porto de Santos possibilita ao Município se posicionar melhor no que diz respeito à questão ambiental e à sustentabilidade. “Quando trouxe a ideia à Câmara, percebi a tendência mundial dos portos e das comunidades portuárias em dar apoio no que diz respeito ao ESG. E, percebemos que outros portos do país já tinham implantado essa iniciativa e o Porto de Santos não poderia ficar fora desse contexto”.
Mark destacou ainda a necessidade de que as novas licitações envolvendo o Porto de Santos considerem ações que levem a diminuição da poluição e da emissão de gases danosos.