O Ecoporto Santos lembrou o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes com uma apresentação feita por um cadeirante e deficiente visual no Auditório da Associação Comercial de Santos (ACS), na Rua XV de Novembro, 137 - 1.º andar, no Centro Histórico.

A exposição foi feita na manhã de segunda-feira, 28 de julho de 2014, para lembrar o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes, ocorrido em 27 de julho. Esta data é muito importante para o Ecoporto Santos, pois a empresa considera que a vida dos colaboradores é seu maior patrimônio. Por isso desenvolve programas, treinamentos e ações específicas para reduzir os incidentes e acidentes nos pátios operacionais - e as palestras de conscientização são igualmente importantes para consolidar uma cultura de prevenção de acidentes.

Rafael Silva, que sofreu um acidente de trabalho e, em consequência dele, perdeu a visão e também a capacidade de andar, fez um emocionante depoimento a uma plateia de mais de 90 colaboradores do Ecoporto, lotando o Auditório da ACS.

O diretor institucional do Ecoporto Santos, Querginaldo Camargo, e o gerente de sustentabilidade do Ecoporto Santos, Renato Ferreira, falaram sobre a data e apresentaram o palestrante.

Também participaram diversos gerentes do Ecoporto Santos, como Walmir Alonso, Daniela Mendes, Marcia Siqueira, Silvio Camargo, Tatiana Vespoli, Leonardo Silva e Manoel Serra Negra.

Rafael Silva, que trabalhava no setor operacional de uma empresa da região do ABC, na Grande São Paulo, disse que o seu chefe e o pessoal da segurança no trabalho sempre o lembravam da importância de ele utilizar o Equipamento de Proteção Individual (EPI), como capacete, luvas e botas, entre outros. Mas ele sempre negligenciava, por se julgar um bom profissional.

Há três anos, Rafael foi manipular parafusos de um encanamento e um estava emperrado, difícil de ser desatarrachado. Contrariando normas de segurança, ele foi ao local sozinho, sem um companheiro de trabalho. E também não portava o indispensável EPI. O resultado foi que ele perdeu a visão e ficou sem a capacidade de andar.

Rafael ficou em coma durante 15 dias. A esposa Cris não o abandonou naquele momento difícil - aliás, continua com ele até os dias atuais. E, na época, a filha tinha 2 anos.

A empresa de Rafael não o abandonou. Após a recuperação, ele foi remanejado para atuar em atividade compatível com a condição de Rafael. Além disso, ele hoje também dá palestras de conscientização.

Ao ser questionado se é feliz, Rafael diz: "Sou feliz, até onde posso ser". E explica que lamenta, por exemplo, que não poderá ver a filha se casar na igreja, entre outras alegrias da vida.

Após os aplausos da plateia, Rafael revelou que é ator da Cena 2 Produções - www.cena2.com.br -, que realiza encenações teatrais com o objetivo de conscientizar trabalhadores sobre as normas de segurança no trabalho, entre outras apresentações.