June 04, 2021

Dia Mundial do Meio Ambiente – Comemorar ou refletir e agir?

Eduardo Lopes
Gestos de Negócios da ACS

No próximo sábado, dia 05 de junho, é o Dia Mundial do Meio Ambiente, instituído pela Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente realizada em 1972, na Suécia.

No entanto o que essa data propõe não é exatamente uma comemoração, mas sim uma reflexão sobre os nossos hábitos e que consequências trazem ao nosso planeta.

De acordo com a ONU, “o ser humano, vivendo sua natureza de ser social, usa, modifica, constrói e, infelizmente, destrói seu próprio ambiente. Por isso, ao cuidar dos ecossistemas, protegendo e restaurando a natureza, resgata-se e garante-se seus serviços essenciais, como a produção de água, a estabilidade climática, a fertilidade do solo e a riqueza da biodiversidade, elementos indispensáveis à sobrevivência dos povos”.

Neste ano, em especial, será lançada no dia 05 de junho a “Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030”, com o objetivo de aumentar, em grande escala, a restauração de ecossistemas degradados e destruídos para combater a crise climática, evitar a perda de um milhão de espécies e aumentar a segurança alimentar, o abastecimento de água e a subsistência.

A “Década da ONU” vai de 2021 até 2030, quando se pretende atingir os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)” e a linha do tempo que os cientistas identificaram como crítica para evitar os piores impactos da mudança climática.

Diante desse cenário, a ACS não poderia deixar de se engajar nos esforços mundiais por um mundo mais sustentável.

A sustentabilidade, não só ambiental, como também a econômica e social, pressupõe um comportamento responsável das empresas ao longo de suas trajetórias, que não apenas evite, mas combata e reduza a deterioração do meio ambiente, o esgotamento de recursos naturais e as condições que desestabilizem a economia e instituições sociais vitais.

E a melhor forma de promover esse engajamento é através do ESG (Environmental, Social and Governance), que leva em conta os seguintes fatores:

(E) fatores ambientais: uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética, poluição, gestão de resíduos e efluentes.

(S) fatores sociais: políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade, engajamento dos funcionários, treinamento da força de trabalho, direitos humanos, relações com comunidades, privacidade e proteção de dados.

(G) fatores de governança: independência do conselho, política de remuneração da alta administração, diversidade na composição do conselho de administração, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, ética e transparência.

Essas três letras representam uma mudança na forma de pensar e agir, trazendo um olhar sustentável para as nossas decisões. Os investidores do mundo todo estão cada vez mais cientes de que, para continuarem tendo retornos sustentáveis, é necessário tomar decisões sustentáveis em relação ao planeta e as pessoas.

A crescente conscientização em relação as mudanças climáticas, uso apropriado dos recursos ambientais, equidade e transparência vem mudando o comportamento dos consumidores e as decisões políticas. Não considerar essas questões na hora de tomar decisões é ignorar uma mudança de cenário relevante que impacta diretamente nos negócios.

Todos temos como contribuir – direta ou indiretamente – para que as sociedades caminhem rumo à sustentabilidade e para que a harmonia entre o desenvolvimento socioeconômico e a conservação da natureza deixe de ser uma utopia.

Atitudes individuais e coletivas, como o consumo consciente no dia a dia e a exigência, pela população, do cumprimento das leis por órgãos governamentais em todos os níveis são fundamentais.

Às empresas cabe não somente investir em conservação do meio ambiente, mas, principalmente, assumir uma postura de responsabilidade socioambiental, trabalhando de dentro para fora, com adequação de suas cadeias produtivas e meios de produção, distribuição e demais etapas dos seus processos.

E o tempo para isso tudo é agora! Não se pode esperar mais. Há tempos a Natureza nos envia seus sinais de alerta...

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