Fonte: Assessoria de imprensa ACS

O primeiro candidato à presidência da República a participar do ciclo de palestras que a Associação Comercial de Santos (ACS) e o Grupo Tribuna promovem com os principais postulantes ao Governo do Estado e à Presidência foi Guilherme Boulos (PSOL), que esteve nesta segunda-feira, às 11h30, no auditório da ACS. Ao falar sobre o uma possível regionalização da gestão do Porto de Santos, ele disse ser “a favor de formas de descentralização dentro de um marco federativo”.

Boulos e sua equipe foram recebidos pelo presidente da ACS, Roberto Clemente Santini, também diretor-presidente da TV Tribuna, e pelo diretor-executivo da ACS, Marcio Calves. Em seguida, eles seguiram para o auditório, onde assistiram ao vídeo institucional da Casa.

O candidato fez uma apresentação de 35 minutos e, depois, respondeu aos questionamentos feitos pelos jornalistas e pelo público.

O diretor-executivo da ACS, Marcio Calves, perguntou o que Boulos achava sobre a questão da descentralização da gestão portuária, uma vez que desde a Lei 12.815 de 2013 a exploração direta e indireta dos portos e das atividades desempenhadas pelos operadores portuários é feita pela União.

Para responder a questão, primeiramente Boulos explicou que hoje o Brasil gasta 2% do PIB – Produto Interno Bruto - com investimento em infraestrutura, o que é pouco, na opinião dele, sendo que os padrões internacionais estão em torno de 4, 5 % do PIB.

“Nossa pretensão é dobrar para 4% em quatro anos e isso nos permitirá tratar de modais de transporte. Esse caso do Porto é a expressão da realidade de modal de transporte no Brasil, onde 80% de todas as cargas se dão por vias rodoviárias. Vamos investir em ferrovias e hidrovias, modernizando portos e aeroportos. Somos a favor de formas de descentralização de gestão dentro de um marco federativo. Não conheço de maneira apropriada a proposta específica do Porto de Santos, mas defendemos o processo que passe sim por regionalização de gestão, porque não faz sentido, em todas as áreas, que um burocrata em Brasília defina sobre questões de um local onde ele nunca pisou”.

O candidato também falou sobre o programa ”Levanta Brasil”, um plano de investimento focado em infraestrutura econômica e social, como a construção de creches, escolas, hospitais e para saneamento básico.

“Mas, de onde vem R$ 180 milhões para investimentos? O problema é que há péssima distribuição da renda nacional e isso impede e bloqueia investimentos. O Estado brasileiro é financiado pela classe média e pelos trabalhadores. Há condições de bancar um amplo plano de investimentos desde que se toque em privilégios que vários governos não se dispuseram a tocar até aqui”.

Confira os primeiros 20 minutos da palestra, clicando AQUI.