Fonte: Departamento de Comunicação da ACS
Preocupados com a falta de contêineres específicos para café, os integrantes das Câmaras Setoriais de Exportadores de Café e Cooperativas de Café da ACS buscam outras soluções para conseguirem embarcar a carga. Nesta terça-feira, os representantes da empresa Unuslog, Marcelo Alonso e Moises Mello, explicaram como funciona o break bulk, também chamado de Carga Projeto.
O break bulk, diferentemente do que se pensa, pode atender as necessidades de exportadores com pouco ou muito volume, pois é colocado à disposição de uma frota de navios para atender desde 5 mil até 60 mil toneladas de mercadoria de mercadoria (unidade por navio), segundo o representante Moises Mello.
Com a grande demanda pelo café e a falta de contêineres, a utilização do break bulk pode ser a solução para um gargalo, segundo o coordenador das Câmaras, Ronald Pires de Moraes.
Ainda segundo Ronald, o café é um commoditie muito sensível. Por isso, no que diz respeito ao cheiro e como a carga é colocada e armazenada (no porão do navio), existe uma preocupação sobre a armazenagem correta.
Entretanto, segundo Moisés, a carga é colocada em big bags e o porão é forrado com papel craft, o que mantém o porão limpo e não interfere no odor da carga.
Também participaram da reunião o diretor do Cecafé, Eduardo Heron, e o supervisor do certificado de Origem da ACS, Ricardo Melo, onde falaram que na questão de documentação para essa modalidade é totalmente viável emitir o certificado.
Somar Climatempo
Os integrantes da Câmara também participaram da palestra do meteorologista do Instituto Somar Climatempo, João Castro.
O especialista alertou que haverá uma anomalia fora do padrão em função do fenômeno La Niña e que o primeiro trimestre de 2022 (janeiro, fevereiro e março) terá período de chuvas abaixo do esperado, o que acende um alerta para períodos secos.
“No trimestre de janeiro a março, teremos chuvas abaixo da média. Principalmente em fevereiro e março, haverá redução de 40% a 60% da média de chuvas”, diz.
As previsões meteorológicas indicam um retorno mais efetivo das chuvas em abril, mas a seca no primeiro trimestre deve gerar um alerta a quem trabalha com café.
> Confira a apresentação no Climatempo