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A Tribuna / 1º/3/2013
Segundo gerente-geral da Petrobras para a Bacia de Santos, mais plataformas ainda em construção começam a operar em dois anos
MARCELO SANTOS
DA REDAÇÃO
A produção de petróleo e gás natural do pré-sal crescerá com vigor em 2015. É nesse ano que começará a chegar uma série de plataformas que ainda estão em construção, segundo o gerente-geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos (UO-BS) da Petrobras, Osvaldo Kawakami.
O executivo participou do encontro da Câmara Setorial de Petróleo e Gás da Associação Comercial de Santos (ACS). “Temos um programa gigantesco de investimentos para os próximos dez anos. Parte disso será canalizada para o pré-sal da Bacia de Santos”.
De acordo com ele, a exploração do pré-sal equivalerá ao total do que é agora extraído em todo o País. No momento, o Brasil produz 2 milhões de barris de petróleo, que pularão para 4 milhões após a segunda metade da década. “No futuro a unidade de Santos se tornará muito importante para a Petrobras”,diz o executivo.
Conforme balanço da estatal, a produção de petróleo mais líquido de gás natural (LGN) da companhia em todo o País somou 1,965 milhão barris por dia (bpd) em janeiro,resultado 3,3% inferior ao de dezembro.
A estatal diz que a queda foi provocada por interrupções programadas. Entre elas está a da plataforma semissubmersível SS-11, que operava em Baúna e foi desativada para preparar a chegada da FPSO (plataforma que produz, armazena e transporta óleo) Cidade de Itajaí, no mesmo local.
Considerando a produção total (petróleo mais gás liquefeito ou não), a estatal chega a 2,368 milhões de barris/dia. Desses 2,3 milhões de barris, a Bacia de Santos colabora com 200 mil barris, somando pré-sal e pós-sal (depois do oceano,vem a camada de pós-sal, sal e, embaixo, pré-sal). Já o pré-sal,incluindo Santos e Campos, superou a marca dos 300 mil barris diários no dia 20.
No momento, Santos tem poucos campos em produção comercial ou teste – como Lula, Uruguá, Baúna, Sapinhoá, Mexilhão e Lagosta, Entretanto, a Bacia de Campos é responsável por 74% do total nacional da estatal.
Segundo o Plano de Negócios da Petrobras divulgado no ano passado, a estatal, entre 2014 e 2015, começa a operar em Iracema Norte e Sul e Sapinhoá Norte. De 2016 a 2020 serão mais 26 áreas, quase toda em Santos, reduzindo a participação de Campos no total.
Após a reunião da câmara, Kawakami se encontrou com os líderes das outras setores da entidade (as câmaras são separados por setores da economia santista).
Segundo a assessoria de imprensa da ACS, o 1o vice-presidente da ACS, Vicente do Valle, que também coordena grupo de petróleo e gás, pretende captar mais empresas para a câmara do setor.