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A Tribuna, 10/1/2013, quinta-feira, página C-4, Economia
# Entidade que tenta atrair empresas que investem em pesquisa e inovação terá sede no antigo Colégio Santista
MARCELO SANTOS
DA REDAÇÃO
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura, Omar Silva Júnior, é o novo presidente do Conselho de Administração da Fundação Parque Tecnológico de Santos (FPTS).
Na primeira reunião do conselho neste ano, realizada na Associação Comercial de Santos (ACS), Silva Jr. afirmou que o Parque Tecnológico depende da própria região para sair do papel. “Vai depender da nossa vontade e disposição de aproveitar os benefícios”.
A função do conselho, segundo o diretor-presidente da FPTS, Marco Aurélio Linhares Matias, é definir o direcionamento do parque, além de aprovar e fiscalizar as ações.
A presidência era ocupada por Márcio Lara, ex-secretário de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos de Santos. A troca está atrelada à mudança de prefeitos. O Diário Oficial de Santos publicou a nomeação de três membros titulares para o conselho: Silva Jr,, Nelson Gonçalves de Lima Júnior (secretário de Desenvolvimento Urbano) e José Eduardo Lopes (Assuntos Portuários).
O conselho, porém, é formado por três grupos. Um deles é o de ensino, com representantes das universidades particulares e públicas e o outro é empresarial (Ciesp, ACS, Petrobras, Usiminas e Codesp). O governamental, além da Prefeitura, conta com o Governo do Estado (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e Ministério da Ciência e Tecnologia.
A nomeação do presidente do conselho é uma atribuição do prefeito Paulo Alexandre Barbosa. Entretanto, o dia a dia da entidade é administrado pelo diretor-presidente Marco Aurélio Linhares Matias, técnico indicado no governo do ex-prefeito João Paulo Papa.
Além de Matias, a entidade conta com mais três funcionários e três estagiários instalados na Rua Brás Cubas, 154. A sede será construída em uma área livre do antigo Colégio Santista. A intenção do prefeito é começar as obras neste ano. O Estado cedeu R$ 1,5 milhão em 2012 e prevê liberar mais R$ 8,5 milhões.
A sede terá ao seu lado o Centro de Pesquisa em Petróleo e Gás na Baixada Santista (Cenpeg), com recursos da Petrobras. Também falta definir uma área para o Laboratório de Logística, Mobilidade Urbana e Implicações Ambientais (Log-Mob), que já tem R$ 749 mil do Estado.
ATRAÇÃO DE EMPRESAS
Entretanto, o Parque Tecnológico não se resume à sede. Ele abrange uma área de 220 mil metros quadrados entre o Valongo e a Vila Mathias. Por estar credenciado ao Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, as empresas que se instalarem nesse trecho terão direito a benefícios com ICMS.
O parque é voltado a empresas que realizam pesquisa ou inovação. Próximas uma das outras, a expectativa é que elas usufruam de um ambiente com profissionais capacitados e tecnologias de ponta.