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A Tribuna /  9/8/2012

#A Fonte do Sapo, na Aparecida, se transforma em ponto de consumo de drogas e bebidas nas madrugadas, aos finais de semana

O consumo de álcool e outras drogas por menores na orla será tema de uma reunião extraordinária com membros do Conselho Municipal de Segurança (Consem).

O encontro deve ser realizado na próxima semana, na Associação Comercial de Santos (ACS). "Precisamos, com urgência, traçar ações de curto e longo prazo para proteger as nossas crianças, além de organizar a ocupação dos espaços públicos", diz o presidente do Consem e secretário municipal de Segurança, Cláudio Trovão.

O que motivou a reunião extraordinária do conselho foi o consumo de bebidas alcóolicas, e também de maconha, especificamente na Fonte do Sapo, nas madrugadas dos sábados e domingos.

Nesses dias, dezenas de jovens e adolescentes se agrupam no local - equipamento de lazer na Praia da Aparecida - para tais práticas. Essa nova febre foi tema da reunião ordinária do Consem na manhã de ontem. "Há cerca de um mês, a Fonte do Sapo, que é um local onde os pais levam os filhos para brincar, tem sido palco de consumo abusivo de álcool, o que é lamentável", afirma o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e secretário municipal de Defesa da Cidadania, Paulo Murat Filho.

Vandalismo

Além do consumo de álcool e drogas, o grupo também é acusado de cometer atos de vandalismo e de provocar pequenos tumultos. "Já souvemos que houve confronto entre eles", informa Trovão.

Na madrugada de 29 de julho (domingo), a fachada do Edifício Costa Blanca foi alvo de parte do grupo. O imóvel dica defronte à Fonte do Sapo.

"Era por volta das 3h30 da madrugada quando cerca de cinco rapazes começaram a chutar os dois portões do prédio até amassá-los. Tivemos um prejuízo de R$400,00", conta o zelador, Claudemir de Carvalho.

Segundo ele, o comportamento agressivo e o consumo de bebidas têm sido rotina nas madrugadas, na Praia da Aparecida. " A gente vê muitos adolescentes bebendo vodca e consumindo drogas.Além disso, eles falam alto e fazem arruaça. No último fim de semana, eram 6 horas da manhã quando muitos deles quebraram garrafas no jardim da praia".

Comerciantes do local, que não quiseram se identificar, confirmam os problemas causados por esse comportamento. "É visível que muitos meninos e até meninas entram no estabelecimento visivelmente alcoolizados. Por conta disso, reforçamos a segurança. Até agora, nada de mais grave aconteceu. Mas a situação causa preocupação", diz um gerente de um restaurante da orla.

Saídas
O objetivo da reunião extraordinária será discutir o problema e achar soluções para prevenir e combater o consumo de álcool e drogas por jovens.

"Já sabemos que estes encontros na Fonte do Sapo são marcados pelo Facebook. As redes sociais podem ser uma importante ferramenta para promover a conscientização sobre os riscos do consumo de bebidas alcóolicas", afirma Murat.

Na reunião ordinária de ontem, outras estratégias foram sugeridas, entre elas, a discussão do assunto em núcleos educacionais e o desenvolvimento de métodos de comunicação direta com a juventude. "Precisamos falar a mesma língua deles", explica Trovão.

De acordo com o presidente do Conseg, serão convocados os membros dos conselhos municipais de Segurança (Consegs), da Juventude, Antidrogas e da Secretaria do Meio Ambiente.

"É um absurdo a quantidade de lixo (copos e garrafas) deixada na Fonte do Sapo e em outros pontos de encontro de jovens, como erredores de universidades e bares, além de diversos locais da orla. Precisamos achar saídas para esse problema", finaliza Trovão.

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