República Dominicana e Honduras, ambos países exportadores de café, firmaram um convênio para a implementação de um programa de cooperação técnica para impulsionar a produção do grão, informou a Chancelaria local.
O acordo foi assinado pelo responsável pelo Conselho Dominicano de Café (Codocafé), José Fermin Núñez, e do Instituto Hondurenho de Café (Ihcafé), Víctor Hugo Molina, na presença de representantes de ambas as nações.
A iniciativa permitirá uma troca dinâmica nos campos de tecnologias e sistemas agronômicos de produção e materiais genéricos desenvolvidos por ambas as partes. Contempla ainda o desenvolvimento de sistemas associativos dos produtores e um amplo programa de assessorias e capacitação técnica nas áreas de maior desenvolvimento competitivo dos dois países.
Honduras considerou que, com esse acordo, poderia aproveitar da República Dominicana tecnologias para desenvolvimento de sistemas de manejo e aproveitamento de zonas cafeeiras no comércio do turismo rural, enquanto poderia oferecer oportunidades de mercado para as linhas de produção de café superior que são fabricados no país.
A nota sobre o acordo destacou que Honduras desenvolveu um ambicioso plano de melhoramento da produção e qualidade de suas plantações, com excelentes resultados na implementação de boas práticas de cultivo e no controle da ferrugem do café, uma área crítica na recuperação da produção cafeeira dominicana. Além disso, a nota informa que o país tem atualmente "uma posição proeminente como um dos produtores de alto nível no mercado cafeeiro mundial, obtendo o desenvolvimento de um importante mercado de qualidade e preços preferenciais".
Honduras se encaminha para se tornar o segundo país produtor de café da América Latina, depois do Brasil. No entanto, dados do Codocafé informam que no ano cafeeiro de 2010-11, as exportações do grão representaram mais de US$ 26,2 milhões para a República Dominicana, sendo essa a maior geração de divisas pelas exportações do grão em mais de uma década.
O diretor executivo do Codocafé anunciou recentemente um plano para recuperar 700.000 propriedades que foram dedicadas a outros cultivos. Para realizar esse plano e, também, controlar a ferrugem que afeta atualmente cerca de 500.000 propriedades, requer-se um investimento de cerca de US$ 162,5 milhões.
As informações são da agência EFE, traduzidas e adaptadas pelo CaféPoint.
Fonte: CaféPoint / 11/12/2012