O consumo de café per capta no Brasil bateu recorde na última temporada e foi o maior já registrado no país desde 1965, segundo dados da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) divulgados nesta quarta-feira (6).
No período compreendido entre novembro de 2011 e outubro de 2012, o consumo per capita foi de 6,23 quilos de café em grão cru, ou 4,98 quilos de café torrado, o equivalente a quase 83 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 2,10% em relação ao período anterior.
A Abic observou que o consumo per capita, maior já registrado no Brasil, superou a marca de 1965 e ultrapassou o consumo por habitante da Itália, da França e dos EUA. No período, foi registrado o consumo de 20,33 milhões de sacas, alta de 3% em relação ao período anterior.
"Os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado consumido nos lares também os cafés expressos, cappuccinos e outras combinações com leite", disse a Abic, em comunicado.
Níveis de crescimento continuam para 2013
O consumo de café no país, segundo a Abic, deverá crescer até 3% em 2013, o que elevaria o consumo interno para cerca de 21 milhões de sacas. Na indústria, faturamento deve ser na ordem de R$8,7 bilhões, crescimento de 24,3% sobre 2012.
A meta da Abic em proposta desenvolvida em 2004 para o consumo interno era 21 milhões de sacas. Volume que poderá ser atingido somente em 2013 ou meados de 2014. Com a economia brasileira sendo retomada em 2013 e em vista dos grandes investimentos que estão sendo feitos para os grandes eventos esportivos e as previsões de aumento do consumo das classes C, D e E, é natural que o consumo do café siga crescendo, com destaque para o aumento da renda e do consumo no Nordeste e no Centro-Oeste", avalia a indústria.
Segundo a associação da indústria do café, os preços dos produtos para os consumidores devem passar por "um certo realinhamento durante 2013", uma vez que a maioria das empresas ainda não conseguiu repassar parcela dos custos da alta da matéria-prima de 2011, quando a commodity alcançou cotações máximas em décadas na bolsa de Nova York.
Diretores da Abic reforçaram que estão em processo análises a respeito das tecnologias e investimentos necessários ao desenvolvimento da indústria de monodose, tendência inquestionável no comportamento de boa parte do consumidor brasileiro. No entanto, volumes atuais de consumo são ainda muito pouco significativos no montante nacional, lembrou a Abic.
Confira aqui o documento 'Os Indicadores da Indústria de Café no Brasil - 2012', divulgado pela Abic.
As informações são da ABIC, do Uol Economia e da Agência Estado, adaptadas pelo CaféPoint.
Fonte: CaféPoint / 07/02/2013