O Banco Central sacou mais uma de suas armas cambiais nesta terça-feira e garantiu o recuo da cotação do dólar em relação ao real.
A autoridade monetária decidiu ampliar de um para cinco anos o prazo para pagamentos antecipados a exportadores, o que pode favorecer o ingresso de recursos externos no país.
A ação vem um dia após a realização de três intervenções do BC no mercado. Na visão dos especialistas, esse conjunto de atuações tem muito mais o objetivo de evitar desequilíbrios no sistema do que de defender um patamar para a cotação.
A leitura geral é que o BC poderá permitir, sim, que a desvalorização vá mais além. Na sessão desta terça-feira, por volta de 11h35, o dólar comercial caía 0,47%, para R$ 2,110 na venda, após chegar a subir a R$ 2,126 na máxima do dia.
Um dos argumentos usados por quem vê o dólar subir mais é a clara disposição do governo em estimular a indústria, que vive um processo de recuperação ainda lento.
Foi o que mostrou o desempenho da produção industrial de outubro, que avançou 0,9% em relação a setembro, abaixo da média das estimativas colhidas pelo Valor Data, de 1,2%.
BOLSAS
Em linha com o humor na Europa e em Wall Street, o Ibovespa opera em ligeira alta. No dia em que devem informar ao governo federal se aceitam a renovação de suas concessões de usinas, as elétricas são novamente destaque e ajudam a dar direção aos negócios.
O Ibovespa subia 0,23%, para 58.335 pontos. As ações preferenciais da Transmissão Paulista disparam 7,01%, depois da queda de 2,72% na última sessão em reflexo da indicação de adesão.
Fonte: UOL / 4/12/2012