Durante a reunião mensal da Câmara Setorial das Cooperativas de Café, Exportadores de Café e Café Solúvel da Associação Comercial de Santos (ACS), realizada na última quarta-feira (18), a meteorologista Nadiara Pereira apresentou previsões que indicam um resfriamento significativo no Oceano Pacífico. O fenômeno, associado ao desenvolvimento do La Niña, tende a influenciar diretamente os padrões climáticos globais e traz perspectivas otimistas para o setor agrícola, especialmente para a produção de café.
Com o resfriamento do Pacífico Equatorial, o verão será mais úmido e ameno em grande parte do interior do Brasil, contrastando com as condições mais severas da última temporada. A partir de janeiro, as chuvas devem avançar para a metade norte do país, beneficiando a região de Matopiba, mas também elevando o risco de invernadas no Sudeste e na Bahia. Enquanto isso, o sul do Brasil poderá enfrentar veranicos com períodos de tempo seco e calor, embora o impacto nas lavouras de café seja considerado menor.
Na mesma ocasião, Daniel Braz, Gerente de Atendimento ao Cliente da DP World, apresentou um projeto voltado para o fortalecimento da logística de grãos e fertilizantes, além do plano de expansão da empresa. O foco principal é a otimização do fluxo de contêineres e caminhões no Porto de Santos, com investimentos em infraestrutura e novas soluções tecnológicas. Segundo ele, as melhorias visam reduzir gargalos logísticos e aumentar a eficiência no escoamento de cargas.
Daniel destacou que o plano de expansão inclui a ampliação das áreas de armazenamento e o uso de sistemas de monitoramento avançados para garantir um transporte mais ágil e seguro. Com a crescente demanda por exportações de café e outros produtos agrícolas, as melhorias na infraestrutura portuária serão essenciais para atender às necessidades do mercado em 2025.
As expectativas para o Porto de Santos são positivas, com a projeção de um aumento expressivo no volume de exportações no próximo ano. O fortalecimento das operações logísticas e a adaptação do setor às condições climáticas favoráveis devem consolidar o Brasil como um dos principais exportadores globais de café e grãos, garantindo competitividade e eficiência no comércio internacional.