O futuro das retroáreas da Baixada Santista foi o centro dos debates do Fórum Invest Retroporto, realizado nesta terça-feira (25), no auditório da Associação Comercial de Santos (ACS), reunindo lideranças públicas, representantes do setor privado e especialistas numa realização da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadas de Contêineres (ABTTC) e da ACS.

O evento trouxe em dois painéis a discussão dos temas Meio Ambiente e Segurança Jurídica para Investimentos e Planejamento Urbano, Mobilidade e Logística Portuária Integrada.

O primeiro painel destacou a importância de dar agilidade nas licenças ambientais para garantir novos empreendimentos na retroárea da região em concordância com a legislação.

O secretário de Meio Ambiente de Praia Grande, Valdir Pereira Ramos Filho, afirmou que os municípios da região estão trabalhando na criação de uma agência ambiental do Litoral Sul e da Serra do Mar para a emissão do licenciamento municipalizado.  

“Quase todas as prefeituras se interessaram em integrar esse licenciamento regionalizado. Estamos vendo a viabilidade técnica e financeira para a criar a agência e trazer uma análise equitativa entre as cidades, porém, cada uma vai definir seu plano estratégico”, destacou Valdir.

Logística - O painel contou ainda com os secretários de Meio Ambiente de Guarujá, Rodrigo Fernandes, de São Vicente, Flávia Ramacciotti, e de Cubatão, Cleiton Jordão Santos, além de Rogério Oliveira, diretor da ABTTC e da TranstecWorld.

No segundo painel Planejamento Urbano, Mobilidade e Logística Portuária Integrada,  Bruno Orlandi, secretário de Assuntos Portuários e Emprego de Santos, alertou que a Reforma Tributária que entrará em vigor no início de 2026  vai beneficiar o Porto de Santos e exigir mais da infraestrutura portuária e retroportuária.

“O retroporto não vai só precisar de mais espaço de área para Depots, transportadoras e demais atividades, vai precisar de logística, de ruas mais largas e mais fluidez no trânsito. Esse impacto vai acontecer e será muito significativo para a nossa região. Eu não tenho dúvida de que quem trabalha na área portuária, em especial no retroporto, vai precisar ter um olhar atento”.

Thais Margarido, secretária de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, destacou que o Aeroporto de Guarujá também servirá ao retroporto da região, uma vez que terá capacidade de atender cargas. Esse painel contou ainda com Fabrício Lopes, secretário de Indústria, Porto, Emprego e Empreendedorismo de Cubatão e Bayard Umbuzeiro Neto, diretor da ABTTC e presidente da Transbrasa.

Agenda - Segundo o vice-presidente da ACS, Elber Justo, o fórum teve o propósito claro de construir uma agenda comum para o desenvolvimento sustentável da região, fortalecendo o diálogo e promovendo um ambiente favorável a investimentos, com segurança jurídica e eficiência ambiental. “Ele ocorre no momento que avança o debate para incluir Depots e Redex no Reporto, o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária”.

Para Luiz Alberto Azevedo Levy Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), o Porto de Santos vem crescendo e há muitos investimentos previstos para a Baixada Santista. “Cada vez mais temos a percepção do quanto se precisa da retroárea nos municípios para se ter um porto eficiente”.

O Fórum Invest Retroporto foi uma realização da ABTTC em correalização com a ACS com apoio do IBI, Sindisan e Aceg. O patrocínio foi de Equiport, Pumatronix/Gtech, IportSolutions, Medlog e Brasil Cold Storage Terminais Refrigerados e apoio institucional das prefeituras de Santos, Guarujá, Praia Grande, Cubatão e São Vicente.