A Associação Comercial de Santos (ACS) celebra um marco histórico com uma exposição gratuita que retrata os 100 anos de sua sede centenária.

Com curadoria do historiador Sérgio Willians, a mostra teve início nesta segunda-feira (27) e estará aberta ao público até o dia 28 de fevereiro, reunindo 10 painéis que narram a trajetória da entidade desde sua fundação, em 1870, até a inauguração de sua atual sede em 1924. “Nossa proposta é mostrar, através de imagens e textos, como o espaço da ACS evoluiu ao longo do tempo, destacando suas transformações, momentos históricos e peculiaridades arquitetônicas”, explica o curador.

A exposição destaca momentos importantes da história da Associação Comercial de Santos, como a pedra fundamental de sua sede, lançada em 1921 pelo então presidente da República, Epitácio Pessoa, em um evento marcante para a cidade de Santos. Concluído em 1924, o edifício, conhecido como Palácio do Comércio, reflete o esplendor do comércio cafeeiro e a relevância de Santos como um dos maiores portos exportadores do mundo. Com arquitetura imponente e elementos ecléticos, o prédio simboliza o poder econômico da época, trazendo detalhes marcantes como colunas romanas, esculturas detalhadas e a inscrição “MCMXXIV” na fachada. Internamente, a riqueza de detalhes é evidente no salão de mármore, no auditório com sua galeria de presidentes, na Sala de Classificação de Café com seus vitrais e no acervo artístico que inclui obras de Carlos Oswald e Benedicto Calixto.

Os painéis também abordam a importância do comércio de café na década de 1920, responsável por consolidar a cidade como um polo econômico global, e o papel da Associação Comercial de Santos como representante dos interesses dos comerciantes da região. Além da exposição, a ACS oferece roteiros guiados que permitem ao público explorar os detalhes históricos e arquitetônicos do edifício, proporcionando uma experiência imersiva e única. Segundo Sérgio Willians, a expectativa é que os visitantes se sintam inspirados a conhecer mais sobre o prédio e a relevância histórica que ele carrega.

A entrada é gratuita, e a exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.