Um dos maiores tesouros documentais da história santista e nacional está em destaque na Associação Comercial de Santos (ACS). Para celebrar os 150 anos do Livro de Ouro, a entidade promove, durante o mês de setembro, uma exposição especial no tradicional Salão de Mármore de sua sede, na Rua XV de Novembro, 137, Centro Histórico. A mostra é gratuita e aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

O Livro de Ouro da ACS foi oficialmente aberto em 30 de agosto de 1875, durante a visita do imperador Dom Pedro II à entidade, quando ainda funcionava em espaço cedido pelo então presidente Visconde do Vergueiro, na Rua da Praia (atual Tuiuti). A partir daquele momento, o volume passou a registrar a presença de grandes personalidades da história do Brasil. O imperador deixou sua assinatura em três ocasiões (1875, 1878 e 1886). A imperatriz Teresa Cristina e diversos nobres do Segundo Império também figuram entre os signatários.

Já no período republicano, o livro reuniu nomes de peso da política, da cultura e da economia. Entre eles, os presidentes Wenceslau Braz, Epitácio Pessoa, Washington Luís, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Eurico Gaspar Dutra, Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff. Também governadores de São Paulo como Ademar de Barros, Laudo Natel, Júlio Prestes, Orestes Quércia, Mário Covas, Geraldo Alckmin e Tarcísio de Freitas.

O documento traz ainda assinaturas de ministros, deputados, cônsules, embaixadores e representantes de comitivas estrangeiras ligadas ao café e a diversos setores econômicos, além de presidentes de instituições e personalidades do cenário esportivo e cultural.

Além de painéis com as reproduções das assinaturas, fotos dos visitantes e o contexto de suas passagens pela Associação Comercial, a mostra apresenta uma réplica do Livro de Ouro da ACS.

“Reunir essas páginas diante do público é contar a própria história do Brasil a partir de traços manuscritos, revelando a importância institucional e política exercida pela Associação Comercial de Santos, protagonista da praça cafeeira junto ao maior porto da América Latina”, destacou o jornalista Sergio Willians, curador da exposição.