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A Tribuna, 25/1/2013, sexta-feira, página E-2, Indústria
Da Redação
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura de Santos, Omar Silva Júnior, fixou como prioridade de sua gestão a implantação da expansão do Parque Tecnológico de Santos, diante das perspectivas promissoras da região para o desenvolvimento industrial proporcionado pela exploração do pré-sal.
Meta da administração Paulo Alexandre Barbosa, a implantação do parque conta com o apoio da Petrobras, Usiminas, universidades e escolas técnicas da região.
FUNDAÇÃO
O primeiro encontro para detalhar o projeto, que já se desenvolve há cinco anos, foi realizado no Salão de Reuniões da Associação Comercial de Santos (ACS), com a participação de Omar, ex-presidente da Cosipa e ex-vice-presidente da Usiminas e do ex-secretário de Desenvolvimento e Assuntos Estratégicos de Santos, Márcio Lara.
O objetivo é dar continuidade ao projeto iniciado com a participação da comunidade, no Governo Papa.
Por decreto do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, Omar Silva Júnior passou a presidir a Fundação Parque Tecnológico de Santos, que conduz o projeto liderando as iniciativas públicas e privadas envolvidas no processo e interessadas em incluí-lo em seus objetivos de gestão.
INOVAÇÃO
Omar Silva enfatizou que o convite feito pelo prefeito Paulo Alexandre para assumir a secretaria foi no sentido de trazer inovação. “Pretendemos participar dessa proposta de inovação com muito diálogo e abertura para a comunidade”, antecipou. “A proposta não é apenas retórica. A Administração Municipal quer realmente inovar”.
Ele adiantou que o Parque Tecnológico representará a necessidade de a comunidade mudar de atitude. “Vai depender da nossa vontade e disposição aproveitar os benefícios”, alertou Omar Silva.
Ele lembrou que Santos está entre os dez maiores Produtos Internos Brutos (PIBs) do Brasil. E, diante desse quadro, “o parque é a oportunidade de promover as transformações e aproveitar o futuro que se descortina para a região”, assinalou.
VOCAÇÕES
O interesse em implantar o parque mobiliza representantes das indústrias e universidades locais. Gerente geral de Controle Integrado de Qualidada de Usiminas, Valdomiro Roman, também diretor do Ciesp-Cubatão, disse que é importante estabelecer a vocação ou as vocações do equipamento, pois a região da Baixada Santista tem numerosos potenciais, como porto, logística, petróleo e gás, indústria, pesca, turismo. “Temos que definir se o parque será unitemático ou multitemático”.
Para o reitor da Unimonte, Ozires Silva, é essencial dispor de um terreno fértil, “pois colherá flores quem tiver competência”. Ozires destacou-se, nos anos de 1970 a 1989, na criação da Embraer. “Precisamos, portanto, fertilizar o nosso terreno. É necessário lembrar ainda que o Parque Tecnológico de Santos terá a concorrência dos demais parques no sentido de atrair empresas e parceiros”, acrescentou no encontro.
Projeto ocupará terreno na Área Continental
O Parque Tecnológico de Santos parte, atualmente, para sua segunda fase de expansão em uma área de seis quilômetros quadrados. O local escolhido fica no bairro de Guarapá, a cerca de 33 quilômetros do centro de Santos, vizinho ao futuro porto Barnabé Bagres, na região continental do município.
Os participantes dessa primeira reunião de 2013 mostraram preocupação também com a preparação da mão de obra. O professor Paulo Roberto Shroeder de Souza, diretor da Fatec Baixada Santista Rubens Lara, considera que “a formação profissional é essencial para atender as necessidades do mercado de trabalho não apenas do pré-sal, mas também do Porto”.
Por isso, a Fatec deverá abrir dois cursos com vistas a essa demanda: de Construção Naval e de Petróleo e Gás.
Participaram da primeira reunião os secretários municipais de Assuntos Portuários e Marítimos, Eduardo Lopes; de Turismo, Luiz Dias Guimarães; de Educação, Jossélia Fontoura; e a coordenadora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Désirée Moraes Zouain.
Pela Associação Comercial de Santos, participaram o 1.º diretor financeiro, Antonio Carlos Cavaco; o diretor executivo, Marcio Calves; e o 1.º suplente da Diretoria, Edison Monteiro, também diretor geral da Universidade Paulista (Unip) de Santos.
As instituições de ensino estavam representadas também por Adauto Correa, do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte); Sílvia Teixeira Penteado, diretora geral da Universidade Santa Cecília (Unisanta); Marcos Medina Leite, reitor da Universidade Católica de Santos (UniSantos); além de Edison Monteiro, pela Unip.
A Usiminas esteve representada por Valdomiro Roman da Silva e por Luiz Carlos Bezerra, assessor de relações governamentais.
A coordenadora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado afirmou que as atividades para a implantação do Laboratório de Logística, Mobilidade Urbana e Implicações Ambientais (Log-Mob) avançaram em apenas quatro meses, um tempo considerado bastante curto.
Na segunda-feira, 7 de janeiro de 2013, o Governo do Estado de São Paulo liberou R$ 749 mil para o Log-Mob e também entregou ao prefeito Paulo Alexandre Barbosa o credenciamento do Parque Tecnológico de Santos.
Mão de obra
Os participantes dessa primeira reunião de 2013, realizada na Associação Comercial de Santos (ACS), mostraram preocupação também com a preparação da mão de obra. O professor Paulo Roberto Shroeder de Souza, diretor da Fatec Baixada Santista Rubens Lara, considera que “a formação profissional é essencial para atender as necessidades do mercado de trabalho não apenas do pré-sal, mas também do Porto”. Por isso, a Fatec deverá abrir dois cursos com vistas a essa demanda: de Construção Naval e de Petróleo e Gás.