Publicado em: A Tribuna - 26/8/2013

Avaliação é do presidente da estatal, que debaterá o tema no Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos

Os gargalos logísticos enfrentados pelo Porto de Santos em seus acessos devem ser solucionados nos próximos quatro anos, afirmou o presidente da Codesp,engenheiro Renato Barco, em entrevista exclusiva a A Tribuna.

Considerando o cronograma das obras planejadas e daquelas já iniciadas,ele afirma que esses entraves devem ser eliminados inicialmente na Margem Esquerda (Guarujá) e, depois, na Margem Direita, onde as intervenções são mais complexas.

Mas a maior preocupação de Barco engloba os desafios logísticos que vão se apresentar após 2017.De acordo com o presidente da Autoridade Portuária de Santos, levando em conta apenas o crescimento natural da movimentação de cargas do complexo santista, em quatro anos, o gargalo aparecerá na ligação entre o Planalto e a Baixada Santista e será preciso ter alternativas ao Sistema Anchieta Imigrantes (para o transporte rodoviário) e às linhas exploradas pelas concessionárias ALLe MRS (ferroviário). Para Barco, já está na hora de se começar a preparar uma nova rodovia transpondo a Serra do Mar.

Esses pontos serão debatidos pelo presidente da Codesp em sua participação no Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, que começa hoje, às 18 horas, no Mendes Convention Center, na Cidade. A solenidadede abertura terá aparticipação do ministro dos Portos, José Leônidas Cristino. O seminário,queprosseguiráatéamanhã, é uma iniciativa do Sistema A Tribuna de Comunica- ção e uma realização da Una Marketing de Eventos.

A falta de capacidade da malha viária de acesso ao Porto para receber suas cargas havia sido diagnosticada no início de 2010, afirmou Renato Barco,referindos e aos estudos de acessibilidade do Porto elaborados a pedido da Codesp.E somente agora os projetos para sanar essa questão começam a apresentar os primeiros resultados. “Agente até se pergunta por que essas obras não saíram antes. Mas temos que lembrar que elas envolvem s cidades, o Estado e a União. E agora estão saindo ou sendo preparadas”,disse o executivo portuário.
Entre as obras já realizadas ou emandamento,estão a implantação da Avenida Perimetral da Margem Esquerda, a duplicação de trechos da Rodovia Cônego Domênico Rangoni e a recuperação da Rua Idalino Pinês, a Rua do Adubo (tanto a rodovia como  a via servem de acesso aos terminais de Guarujá).

Segundo o presidente da Codesp, projetos como a recuperação da Rua do Adubo e a construção do Viaduto de Guarujá (eliminando, o cruzamento rodoferroviário na entrada da zona portuária na Cidade),entregues nos últimos meses, já melhoram o trânsito. “O problema é que a eliminação dos gargalos demanda mais obras e o volume de cargas do Porto é tão grande, tão assustador, que parece que não importa o que se faça, não basta. Mas com a conclusão das próximas obras, os resultados serão mais claros”, prevê.

Dos projetos que serão iniciados nos próximos meses,Barco aponta a reformulação do sistema viário na entrada de Santos, a reformulação do Viaduto da Alemoa, a ampliação da Avenida Augusto Barata (obra a ser feita pelo terminal BTP e que deve começar as próximas semanas) e a construção do Trecho 1 da Avenida Perimetral da Margem Direita (na Alemoa) e do Mergulhão, a passagem subterrânea rodoviária que passará entre o Cais do Saboó e os armazéns do Valongo.

Com a entrega desses empreendimentos, mesmo diante do crescimento de sua movimentação, o Porto terá uma rede de acessos em harmonia com suas operações. E os gargalos se voltarão para a ligação Planalto-Baixada. “Antes tínhamos problemas na descida da Serra. Aí tivemos a nova pista da Imigrantes. O gargalo, então, foi para o Planalto, para a travessia de São Paulo. Então veio o Rodoanel. Com essas duas obras, as cargas chegam bem, mas enfrentam problemas nos acessos próximos ao Porto, na Baixada, onde estão os gargalos que restaram. Quando realizarmos as obras previstas, esses problemas vão ser resolvidos. Mas, nesse momento, o movimento terá crescido tanto que teremos de ter uma nova ligação entre São Paulo e o Porto. E essa é uma obra complexa, por isso temos de começar a estudá-la agora”, defendeu Renato Barco.

Inscrições

O Santos Export é aberto ao público portuário. As inscrições pela internet já terminaram, mas ainda é possível se credenciar para o evento. Basta procurar a secretaria do fórum hoje, a partir das 17 horas, no Mendes Convention Center. As vagas são limitadas. O Santos Export 2013 tem o patrocínio das instalações portuárias Brasil Terminal Portuário, ConcaisS.A., Ecoporto Santos e Embraport, dos grupos Libra, Localfrio, Marimex, Santos Brasil e Rodrimar, da Vale, da Icipar e dacorretora de seguros Anhumas.

O seminário conta com o apoio das associações brasileiras de Terminais e Recintos Alfandegados(Abtra), dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres(ABTTC), da Associação das Empresas do Distrito Industrial e Portuário da Alemoa(Ama) e da Associação Comercial de Santos. Apóiam a Centronave, a Praticagem de São Paulo,prefeituras de Santos, Guarujá e Cubatão, Porto de Santos,Secretaria de Portos e Governo Federal.

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