01 de outubro de 2014

VLT sozinho não resolve transporte, diz EMTU - A Tribuna - 1.º/10/2014

Publicada em:

A Tribuna - 1.º/10/2014, página A-3, Cidades

GUSTAVO T. DE MIRANDA

DA REDAÇÃO

O Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) não vai resolver os nós do deslocamento na região em curto prazo. Esta é a análise do presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes. “No cenário mais conservador, o VLT sozinho, nesse trecho inicial, vai responder por apenas 33% das viagens”, disse Lopes, no seminário Mobilidade Urbana Sustentável da Baixada Santista, ontem, na Associação Comercial de Santos.

A perspectiva é a de que sejam atendidas 70 mil pessoas por dia. Após a reestruturação de linhas intermunicipais e municipais de ônibus, nos próximos anos, cerca de 220 mil usuários seriam beneficiados.

Para Lopes, será preciso pôr em prática um demorado processo de conscientização para que motoristas adotem o transporte coletivo.

PRÓXIMA FASE

O secretário estadual de Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes, adiantou que a próxima etapa do VLT – entre a Avenida Conselheiro Nébias e o Valongo – será submetida a uma ou duas audiências públicas no fim do mês. O edital da obra deve sair até março, e “a obra começa mais para o final do primeiro semestre (de 2015)”.

Para o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), a melhor notícia que o seminário poderia trazer é o encaminhamento da segunda parte do VLT. Para ele, outro benefício será a recuperação de áreas degradadas, como a do Mercado Municipal.

ENTRADA DE SANTOS

O prefeito comentou a publicação, na edição de ontem do Diário Oficial do Município, do Decreto 6.198, que desapropria trechos da Cidade para a construção de viadutos e novos acessos na entrada de Santos. “Temos esses decretos publicados. Devemos lançar essa licitação também neste mês”, comenta o prefeito.

DIFICULDADES

O engenheiro Júlio Eduardo dos Santos, que de 2012 a 2014 foi secretário nacional de Transportes e Mobilidade Urbana, no Ministério das Cidades, comentou que os municípios têm poucos projetos para transporte. Atualmente, investem-se R$ 145 bilhões em mobilidade urbana no País. “R$ 58 bilhões estão no Estado de São Paulo. Se retirarmos a Grande São Paulo da conta, teremos apenas R$ 3 bilhões. Nessa partilha, a região tem R$ 1,8 bilhão. O que sobra é dividido pelo Interior”, diz.

ANFITRIÃO

Para o presidente da Associação Comercial de Santos, Roberto Clemente Santini, “Santos tem que se colocar como a capital da região. Esses projetos todos – o túnel entre Santos e Guarujá, o túnel da Zona Noroeste – são de vital importância para o crescimento da nossa região de modo mais equitativo”, afirma.

O seminário foi promovido pela Prefeitura e pela Agência Metropolitana (Agem).

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