17 de julho de 2013

Petróleo e Gás na pauta da Associação Comercial de Santos - Fala Santos - 17/07/2013

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Fala Santos - 17/07/2013

A descoberta e consequente exploração na área do pré-sal credencia o Brasil a se transformar muito em breve em um dos cinco maiores produtores de petróleo do mundo, ao lado de Rússia, Arábia Saudita, Irã, China, países considerados os gigantes do seguimento.

Estudos preliminares da Fundação Getúlio Vargas Projetos em parceria com a conceituada consultoria Ernst & Young, apontam que as descobertas de jazidas que se multiplicam nas bacias de Campos (RJ) e Santos (SP) deverão gerar aos cofres do País receitas na ordem de US$ 28 bilhões com exportações, em 2020.

Apenas para se ter uma noção da importância da cidade no contexto nacional, na última sexta-feira, 12, a diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, disse que o Campo de Libra, localizado na camada pré-sal da Bacia de Santos, deverá produzir pelo menos 1 milhão de barris por dia, ou seja, o equivalente à metade do que o Brasil extrai atualmente.

Entretanto, apesar de todo esse potencial e das perspectivas de crescimento e desenvolvimento econômico de Santos e da Região Metropolitana da Baixada Santista, as ações ainda se mostram retraídas em termos práticos sobretudo em razão da ausência de projetos e investimentos na consolidação de uma base offshore.

É nesse cenário de otimismo moderado que a Associação Comercial de Santos vem promovendo importantes debates sobre o tema. "Considero tão importante ou até mais que as questões portuárias locais o planejamento de ações efetivas para a instalação em nossa região de um polo industrial voltado para a atividade de petróleo e gás, que seguramente vai gerar divisas e novos postos de trabalho", disse o Coordenador da Câmara de Petróleo e Gás da ACS, Vicente do Valle.

O executivo esclarece que as novas diretrizes anunciadas recentemente pela Petrobrás para os próximos quatro anos não direcionam investimentos para a Baixada Santista. "Não há previsão nem mesmo para a construção de uma base offshore e sem ela não existe a possibilidade de atrativos para a instalação em nossa região de indústrias voltadas para o segmento". Ele observa que apenas um edifício está sendo construído pela Petrobrás, dos três inicialmente anunciados pela estatal petrolífera.

Segundo Do Valle, que também é vice-presidente da ACS, as autoridades deveria tomar como exemplo a cidade de Macaé (RJ). "O aglomerado de empresas atuantes no seguimento offshore que se instalaram nos últimos anos na região do norte fluminense é impressionante e significativamente relevante sobre vários aspectos de ordem econômica, e fizeram de Macaé uma potencia".

Atento a essa momentânea estagnação e paralisia em termos de investimentos e avanço econômico, o coordenador da ACS faz um alerta. "Mais do que nunca algo efetivo tem que ser feito pelos governos em todas as esferas, empresários e pela própria sociedade, até porque é cada vez maior os riscos de perdermos essa oportunidade única que a natureza está nos dando", concluiu Do Valle.

Para saber mais sobre os eventos promovidos pela ACS acesse o portal www.acs.org.br.

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