27 de novembro de 2014

Guarujá começará a implantar distrito portuário no próximo ano / ABTTC - 27/11/2014

Publicada em: ABTTC - http://www.abttc.com.br/ - 27/11/2014

Jornal A Tribuna de Santos

A Prefeitura de Guarujá iniciará a implantação de seu distrito portuário no próximo ano. Ele ocupará um terreno de quatro quilômetros quadrados em Vicente de Carvalho, onde ficam os terminais marítimos da cidade. O plano foi anunciado pela prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB), ontem, durante sua participação na última etapa da 12ª edição do Santos Export

- Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, que aconteceu no Parque Balneário Hotel, em Santos.

O fórum é uma iniciativa do Sistema A Tribuna de Comunicação e uma realização da Una Marketing de Eventos.

A prefeita integrou o painel Porto-Cidade, no qual foram discutidas medidas para minimizar o impacto da atividade portuária nos municípios. Ao lado de Maria Antonieta, estavam o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa PSDB), o diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Angelino Caputo e Oliveira, e o presidente da Associação Comercial de Santos (ACS) e diretor-presidente da TV Tribuna, Roberto Clemente Santini, responsável pelo início dos debates.

Roberto Santini apresentou a posição dos empresários da região, destacando que são favoráveis à construção do túnel submerso que ligará as cidades de Santos e Guarujá. Além disso, expôs as preocupações do setor em relação aos gargalos nos acessos às duas margens do cais santista e, ainda, à necessidade de uma maior agilidade na solução de questões ambientais.

Em seguida, a prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, destacou o plano de implantar um distrito portuário em Vicente de Carvalho. O plano é que a área, com 4 quilômetros quadrados, seja licitada ainda no próximo semestre.

“Para quem vem do sentido de São Paulo para Guarujá, fica do lado esquerdo da (Rodovia) Cônego Domênico Rangoni. Ali fica essa grande área de 4 milhões de metros quadrados que poderá ser licitada em breve”, afirmou aprefeita.

Ainda não foi definido o valor a ser cobrado para a exploração da área. Mas Antonieta garante que o retorno será “significativo” para a economia da cidade. “Existe todo um planejamento de um condomínio, onde teremos atividades econômicas ligadas ao Porto e outras que agreguem valor à economia da nossa cidade. É preciso que empreguem mão de obra. Essa é a diretriz”, destacou.

TRANSPORTE HIDROVIÁRIO

Antonieta também anunciou um plano que pode se tornar o primeiro voltado ao transporte hidroviário na cidade. A ideia é utilizar um terreno da Codesp, que fica em Monte Cabrão (Área Continental de Santos), para o embarque de veículos que seguirão em direção ao Complexo Industrial e Naval de Guarujá (Cing).

“Pelo canal de Monte Cabrão, na entrada da cidade, tem uma instalação da Codesp ali. Só que ela seria ampliada e receberia infraestrutura para que o caminhão, ao invés de entrar na cidade, entre ali, vá para a barca e seja conduzido até o Cing. Isso evita que a gente tenha que entrar com esse caminhão dentro da cidade”, explicou Maria Antonieta.

Devido à localização da área do futuro terminal, a Prefeitura de Santos terá de avaliar o empreendimento, O prefeito Paulo Alexandre Barbosa prometeu estudá-lo.

No painel, Barbosa também reiterou a necessidade de ampliar a participação dos municípios nas decisões portuárias, como uma forma de resolver os conflitos Porto-Cidade. Em Santos, o principal deles é a operação de grãos nas proximidades da Ponta da Praia, devido ao forte odor causado pela atividade.

O problema pode ser solucionado pela adoção de filtros. O investimento,  porém, só deve ser realizado após o novo arrendamento dessas instalações, processo que depende do aval do Tribunal de Contas da União (TCU).

Esse projeto chegou a ser levado à plenária do TCU, em Brasília, ontem. Mas novamente houve um pedido de vistas e o projeto voltou à etapa de estudos.

MERGULHÃO

Responsável por eliminar o conflito rodo-ferroviário no Valongo, em Santos, a passagem subterrânea rodoviária prevista para o local –denominada como  Mergulhão – precisa de mais R$ 440 milhões para ser construída. Isto porque existem disponíveis R$ 310 milhões para a obra, que custará R$ 750 milhões.

De acordo com o presidente da Codesp, Angelino Caputo e Oliveira, este é o único obstáculo para a construção do Mergulhão.“ Eu consigo licitá-lo em 90 a 120 dias, desde que eu tenha o dinheiro para pagar a obra”.

---------------------------------

Confira a reprodução da notícia

Compartilhe

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.