23 de março de 2022

ECONOMIA: Brasil vai aumentar em 10% a produção de petróleo para ajudar a estabilizar o mercado

Fonte: Valor Econômico

Há duas semanas, o Valor informou que o governo brasileiro havia se comprometido com os Estados Unidos a expandir a produção de óleo e gás como forma de ajudar a manter a regularidade do abastecimento no mundo, afetado diretamente pelos efeitos da invasão russa na Ucrânia

Por Rafael Bitencourt, Valor — Brasília

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciou nesta quarta-feira que o Brasil deverá aumentar este ano a produção de petróleo em cerca de 300 mil barris por dia, o que levará à alta 10% da produção nacional. A declaração foi dada na abertura da reunião ministerial da Agência Internacional de Energia (AIE), em Paris.

De acordo com o ministro, o aumento da produção de óleo bruto será a contribuição do Brasil para a “estabilização dos mercados globais de energia”, afetados diretamente pelos efeitos da invasão russa na Ucrânia.

“Isso é resultado de avanços regulatórios, modernização do mercado brasileiro de energia e investimentos consistentes realizados no pré-sal”, destacou o ministro.

Há duas semanas, o Valor informou que o governo brasileiro havia se comprometido com os Estados Unidos a expandir a produção de óleo e gás como forma de ajudar a manter a regularidade do abastecimento no mundo.

No evento de hoje, Albuquerque defendeu que a “a transição energética deve avançar de mãos dadas com a segurança energética”. Ele afirmou que o Brasil tem dado um “salto significativo” em fontes limpas e renováveis, tais como bioenergia e biocombustíveis, solar e eólica, além da eficiência energética.

O ministro aproveitou para falar do lançamento do programa nacional de biometano, no início desta semana. Segundo ele, a iniciativa está em linha com o compromisso assumido pelo Brasil na COP-26, por ser capaz de trazer mais segurança energética, redução de emissão de CO2 e substituição de combustíveis fósseis.

“A consistência de nossas políticas ao longo do tempo e marcos regulatórios estáveis e previsíveis têm sido cruciais para o setor privado tomar as decisões de investimento necessárias para aumentar a escala e a velocidade da transição energética no Brasil”, disse Albuquerque.

O painel de abertura do evento foi conduzido pelo diretor-geral AIE, Fatih Birol.

 

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