Clima e Previsão do Tempo
Santos, SP/

10/02/2015

O caos na entrada de Santos

Coluna O Porto e Suas Questões

Paulo Schiff (*)

A chuva do dia 22 de janeiro foi mesmo torrencial. 219 mm, praticamente metade da média histórica de janeiro em Santos. Mas isso não justifica o que aconteceu na entrada da cidade.

No dia seguinte, sexta de manhã, não se entrava nem saía de Santos por ali. Algumas horas depois, a saída estava normalizada. No final da tarde de sexta-feira, entretanto, o caos ainda estava instalado para quem tentava entrar. Só nesse momento é que a questão foi solucionada.

Não se trata de um problema imprevisível. Todo mundo sabe que vai chover forte e que a água vai subir ali. Dois rios completamente assoreados, o Lenheiros e o São Jorge, drenagem insuficiente, falta de cidadania de quem joga o lixo que entope os escoadouros e nível da pavimentação baixo desenham esse quadro. Que é crônico.

No final de dezembro, uma outra chuva forte, também no dia 22, ilhou dezenas de pessoas a noite toda num supermercado daquele trecho. Em janeiro outro grupo de pessoas passou pelo mesmo sofrimento.

Não tem cabimento. Mesmo porque não se trata simplesmente da entrada de uma cidade mas também do principal acesso ao porto com maior movimentação de cargas de todo o hemisfério sul do planeta.

Evidente que não se pode responsabilizar a administração atual, de Paulo Alexandre Barbosa pela situação. O prefeito corre atrás de uma solução definitiva para esse problema que atravessa décadas. A obra completa exige mais de R$ 700 milhões e os recursos já estão negociados: uma parte municipal ( financiamento ), outra federal e mais uma parcela estadual. Uma parte do projeto está pronta e a licitação sendo encaminhada.

Mas enquanto essa solução definitiva não chega, os motoristas não podem ser submetidos aos transtornos da semana passada.

Não basta o (bom, por sinal) trabalho dos agentes da CET orientando os motoristas em direção a alternativas menos traumáticas. Isso tem que ser feito mas é insuficiente.

Coloca um sistema de bombas da Defesa Civil para jogar a água no canal do estuário, do outro lado da ferrovia que passa ali do lado, contrata uma empresa especializada para fazer esse trabalho em caráter emergencial, aluga uma draga para desassorear os rios, ...  qualquer coisa.

São Pedro parece ter dado prazo de um mês depois daquela primeira chuva. Não foi aproveitado.  22 de fevereiro está chegando ...

Uma solução provisória, pelo amor de Deus ...  Não dá para esperar a solução definitiva até 2016 !!!

 


 

(*) Paulo Schiff  é  jornalista.  Email: prschiff@uol.com.br

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