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Santos, SP/

03/06/2016

Ligações entre as cidades da Baixada saturadas

Coluna O Porto e Suas Questões

Paulo Schiff (*)

A saturação do serviço de travessia por balsas entre Santos e Guarujá não pode ser olhado como um fenômeno isolado.

Ele tem a companhia de pelo menos outros três gargalos nas ligações entre as cidades da Baixada Santista.

O primeiro deles está na entrada e na saída de Santos na ligação com Cubatão e com o sistema Anchieta – imigrantes. Evidente que fisicamente a entrada e a saída só tem diferença nas mãos de direção. Mas fica bastante claro que a saída da cidade é problemática principalmente no período de pico da manhã, quando trabalhadores de Santos estão indo para o emprego. A entrada congestiona no final da tarde, na volta.  O problema aí é bem sério. Trata-se também do único acesso rodoviário ao porto, compartilhado com os caminhões por automóveis e motocicletas e já travou pelo menos duas vezes nos últimos anos, no escoamento da safra de grãos de 2013 e no incêndio da Ultracargo em 2015.

As ligações entre Santos e São Vicente também estão saturadas. Na Praia do Itararé, no Morro da Nova Cintra, na Avenida Nossa Senhora de Fátima.

A ligação entre Praia Grande e Litoral Sul com São Vicente pode ser colocada ao lado das outras três saturações. Melhorou recentemente, no final do ano passado com a inauguração das passagens – uma inferior e outra elevada – não-semaforizadas na confluência da Ayrton Senna, em Praia Grande, com a pista da Imigrantes. Mesmo assim tem apresentado problemas.

O motorista da Baixada Santista que percorre estradas do interior paulista sempre se sente discriminado pelo governo estadual porque além de não se deparar com gargalos desse tipo, sempre vê obras viárias que escasseiam por aqui.

Falta de força política? Com a palavra os deputados estaduais e federais e o vice-governador Márcio França.

Discriminação com a região? Com a palavra o governador Alckmin. Que já recebe o mesmo tipo de acusação em relação às verbas estaduais para a Saúde. A Baixada recebe mais ou menos 1% dos repasses estaduais e tem 4% da população paulista.

Falta de planejamento? Com a palavra as prefeituras e a Agência Metropolitana.

(*) Paulo Schiff é jornalista. Email: prschiff@uol.com.br

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