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Santos, SP/

29/04/2014

Descuidos com o mar

Coluna O Porto e Suas Questões

Paulo Schiff(*)

Duas das principais fontes de emprego e renda da Baixada Santista estão sem dúvida relacionadas ao mar: a atividade portuária e a turística.

Além da poluição que historicamente afeta a balneabilidade das praias e espanta turistas, nos últimos meses vêm se acumulando sintomas de descuido com essa galinha dos ovos de ouro que é o mar.

Um choque entre dois navios, a morte de um piloto de jet ski depois de bater contra uma embarcação de recreio, reclamações de proprietários de lanchas de assaltos no mar, lambança com a dragagem que resultou na redução do calado máximo dos navios que puderam acessar o porto no final do ano passado e início deste ano, queixas de praticantes de stand up de roubo de remos e pranchas em pleno estuário... são muitos os sinais de que poderíamos estar tratando com mais cuidado o nosso mar.

Nos últimos anos houve também choques entre navios e balsas e batida de navio em terminal.

Mais recentemente, acusação de abusos por parte de praticantes de esportes náuticos que para aproveitar a marola produzida pelos navios que entram e saem da barra se arriscam muito perto deles com pranchas.

No que se refere ao porto, na semana passada, a Companhia Docas do Estado de São Paulo retomou a licitação para implantação do VTMIS – Sistema de Informações e Gestão do Tráfego de Navios no Porto de Santos. Em inglês, Vessel Traffic Management Information System.

O sistema de monitoramento on-line da entrada e saída de navios no Porto é uma ferramenta de controle importante. O projeto prevê a colocação de radares e câmeras em quatro pontos para abastecer uma central.

Mas a contratação do VTMIS não tem aprovação unânime. Especialistas dizem que o sistema não vai evitar os acidentes que têm ocorrido, não melhora a produtividade portuária e está atrás de outras prioridades.

Também se reclama do orçamento inflado dos R$ 12 milhões iniciais para os R$ 36 milhões atuais do valor previsto para o contrato com o vencedor da licitação.

A concorrência estava travada judicialmente. A Codesp conseguiu derrubar, no Tribunal de Justiça, uma liminar que uma das empresas concorrentes, a companhia Telefônica, tinha conseguido contra algumas exigências do edital.

A Capitania dos Portos promete intensificar as ações contra os praticantes de esportes náuticos mais abusados. E contra os piratas?

(*)Paulo Schiff é jornalista. E-mail: prschiff@uol.com.br

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