Coluna O Porto e Suas Questões
Paulo Schiff(*)
Na entrada de Santos, os congestionamentos acontecem todos os dias. Têm martirizado os motoristas. Mesmo porque não há nenhuma opção para escapar deles a não ser utilizar horários exóticos.
Já na ligação Santos-São Vicente, há duas opções: a Praia do Itararé e as avenidas que se complementam, Nossa Senhora de Fátima, em Santos, e António Emmerich, em São Vicente. Há ainda a possibilidade de utilizar o Morro da Nova Cintra. Os congestionamentos e lentidões também são constantes em qualquer uma das três opções.
E na Rodovia dos Imigrantes, no trecho que atravessa a área urbana de São Vicente, em que o fluxo rodoviário é obrigado a conviver com semáforos, além de ficar parado o motorista tem grandes possibilidades de ser assaltado.
Situação idêntica, aliás, enfrentada por quem é obrigado a passar pelo Trevo de Cubatão em horários de entrada e saída das indústrias.
Várias obras estão anunciadas para amenizar esses principais gargalos do trânsito na Baixada Santista.
Na hipótese super-otimista de que elas se concretizem, o túnel Santos-Guarujá e o outro túnel, entre a Zona Leste e a Zona Noroeste, a nova entrada de Santos e o viaduto no Trevo de Cubatão, o Veículo Leve sobre Trilhos e outras promessas antigas, demorariam pelo menos de 2 anos e meio a 3 anos.
E até lá?
Até lá, precisa haver um projeto URGENTE de otimização do sistema viário e rodoviário existente.
Não dá para esperar essas obras com a situação atual, que é a de motoristas de automóveis à beira de um ataque de nervos, motoristas de carretas e caminhões enfrentando condições de trabalho desumanas e motoristas de ônibus afastados às pencas por stress.
Uma tarefa prioritária dos novos prefeitos de Santos e São Vicente, das prefeitas reeleitas de Guarujá e Cubatão e do experiente prefeito eleito de Praia Grande é a de se reunir com um grupo de especialistas competentes em matéria de mobilidade urbana e analisar o que pode ser feito. Não para resolver o problema, que é missão impossível. Mas pelo menos para reduzir os danos.
(*) Paulo Schiff é jornalista. Email: prschiff@uol.com.br