A empresa Noble Corp, operadora da segunda maior frota mundial de plataformas petrolíferas, pretende substituir uma unidade problemática alugada à Petrobras (PETR4), além de assumir US$ 40 milhões pelo cancelamento de um projeto de modernização.
A plataforma Noble Phoenix, que atualmente está em Brunei a serviço da Royal Dutch Shell, deve ser transferida para o Brasil ainda neste ano, a fim de substituir a Noble Muravlenko, sobre a qual existem "questões de (falta de) confiabilidade", disse a Noble em nota na segunda-feira.
A transferência depende do aval da Shell, mas consta em um memorando de entendimento firmado entre a Noble e a Petrobras, que atualmente arrenda cinco outras plataformas de águas profundas da Noble.
Os US$ 40 milhões a serem assumidos pela Noble neste trimestre são relativos ao cancelamento do projeto de modernização da plataforma Muravlenko, que estava previsto para 2013. A empresa disse que já começou a explorar "alternativas e potenciais oportunidades" para essa plataforma.
O aluguel da Phoenix custará o mesmo que da Muravlenko: US$ 290 mil por dia, mais um bônus potencial de 15% até 2015. A plataforma estava sob contrato com a Shell até 2015, por valores diários entre US$ 340 mil e US$ 279 mil (a redução ocorreria em novembro de 2013).
Mas a Noble, com sede na Suíça, disse na segunda-feira que já assinou uma carta de intenções para um contrato de cinco anos e meio destinado a entregar uma plataforma de águas profundas recém-construída a uma subsidiária da Shell, que atualmente arrenda nove outras plataformas da Noble.
A empresa disse que o equipamento em águas ultraprofundas deve começar a operar no final de 2013, e que seu contrato seguirá as mesmas regras de um contrato recente, com valor de US$ 410 mil por dia, mais um bônus potencial de 15% por desempenho, além de uma verba de US$ 18 milhões pela mobilização e outros US$ 10 milhões pelo desempenho.
"A empresa está atualmente revendo opções recém-construídas para preencher esse contrato, e espera oferecer mais clareza no futuro", disse a companhia.
A nova plataforma é uma das várias que entrarão no mercado nos próximos anos, num momento em que as empresas encarregadas das perfurações tentam tirar vantagem dos baixos custos de financiamento e do interesse dos estaleiros para modernizar suas frotas.
(Reportagem de Braden Reddall)
Fonte: Uol - 18/1/2011
18/01/2011